Château de Chenonceau ou Castelo das Sete Damas
Os castelos geralmente são imponentes, magníficos, exuberantes e luxuosos, e o Castelo de Chenonceau é tudo isso e mais, é um castelo cheio de charme, com toque feminino e magníficos jardins. Mas por trás de tanta beleza há muita história de rivalidade, traição, tristeza e vingança. Uma das mais belas construções do Vale do Loire, o conhecido local dos castelos franceses, merece com certeza uma visita por dentro e por fora. É um dos poucos castelos intactos após as batalhas que afetaram a região e propiciaram saques, como aconteceu no Château de Chambord já visto aqui. As histórias, as belezas e as engenharias da época merecem sua visita, seja inverno, verão ou meia estação!
É um palácio localizado na comuna de Chenonceaux, departamento de Indre-et-Loire, na região do rio Loire, a Sul de Chambord, na França. O primeiro castelo foi construído no local de um antigo moinho, em posição dominante sobre as águas do rio Cher, algum tempo antes da sua primeira menção num texto, no século XI.
O atual palácio foi construído pelo arquiteto Philibert Delorme, e a sua história está associada a sete mulheres de personalidade forte, duas das quais rainhas de França. A atual fortificação remonta a um pequeno castelo erguido no século XIII. O edifício original foi incendiado em 1411 para punir o seu proprietário Jean Marques por um ato de sublevação. Este reconstruiu o castelo e moinho fortificado no local, durante a década de 1430. Subsequentemente, o seu endividado herdeiro, Pierre Marques, vendeu o castelo a Thomas Bohier, Camareiro do Rei Carlos VIII de França, em 1513. Bohier destruiu o castelo existente, conservando a torre de menagem, e construiu uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521; o trabalho foi por vezes supervisionado pela sua esposa, Catherine Briçonnet, a qual teve o prazer de hospedar a nobreza francesa, incluindo Francisco I de França em duas ocasiões.
Mais tarde, o filho de Bohier foi desapropriado, sendo o château entregue ao Rei Francisco I por débitos não pagos à Coroa. Depois da morte deste monarca, em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers, a qual se tornou ardentemente ligada ao château e às suas vistas em conjunto com o rio. Ela haveria de mandar construir a ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta. Supervisionou, então, a plantação de extensos jardins de flores e de vegetais, juntamente com uma variedade de árvores de fruto. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos.
Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade. Uma vez que o palácio já não pertencia à Coroa, a rainha não podia desapropriá-la totalmente, mas forçou-a a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Château de Chaumont-sur-Loire.
No entanto, tendo apreciado as benfeitorias, resolveu dar continuidade às obras. A Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Como regente da França, Catarina podia gastar uma fortuna no palácio e em espetaculares festas noturnas. Em 1560, as primeiras exibições de fogo de artifício alguma vez vistas na França tiveram lugar em Chenonceau, durante a celebração que marcou a ascensão do seu filho, Francisco II, ao trono. Entre as marcas que imprimiu ao conjunto, determinou a construção, em 1577, de um novo aposento, exatamente por cima da ponte construída pela sua rival. Esse imenso salão sobre o rio, com dois andares e a extensão de sessenta metros de comprimento por seis de largura, ficou conhecido como a Grande Galeria e tornou-se na marca característica do palácio.
Catarina de Médicis aumentou os jardins e parques do palácio, tornando a propriedade num disputado local para as grandes festas que atraíam a sociedade da época. Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catarina homenageou-a em Chenonceau com uma recepção para mil pessoas, que durou vários dias. Destacaram-se as apresentações teatrais, a presença de pintores para registrar o evento, de poetas e de muita música.
O Castelo de Chenonceau foi comprado pelo Duque de Bourbon em 1720. Pouco a pouco, este vendeu todos os conteúdos do palácio. Muitas das refinadas estátuas acabaram no Château de Versailles. A própria propriedade foi, finalmente, vendida a um proprietário rural chamado Claude Dauphine. A esposa de Claude (filha do financeiro Samuel Bernard e avó de George Sand), Madame Louise Dupin, trouxe a vida de volta ao palácio ao receber os líderes do Iluminismo: Voltaire, Montesquieu, Buffon, Bernard le Bovier de Fontenelle, Pierre de Marivaux, e Jean-Jacques Rousseau. Louise salvou o palácio da destruição durante a Revolução Francesa, preservando-o da destruição pela Guarda Revolucionária, uma vez que era essencial para as viagens e para o comércio por ser a única ponte que atravessava o rio numa área de várias milhas. Sendo uma mistura entre o Gótico tardio e o Renascimento inicial, o Castelo de Chenonceau e os seus jardins estão abertos ao público. Sem contar com o Real Château de Versailles, Chenonceau é o mais visitado château da França.
Como Visitar:
Acesso: Os trens levam até a cidade de Tours e de lá o trajeto pode ser feito por carro alugado ou por excursão ou também com trem Tours - Chenonceau.
Horários e Ingresso: são variados. Consultem o site: http://www.chenonceau.com/index.php/en/opening-hours-a-prices
Outras informações: http://www.chenonceau.com/index.php/en
Melhor época: o castelo é lindo em qualquer época do ano, mas os jardins floridos só são possíveis de serem vistos com o avanço da primavera. E no verão sempre ocorrem eventos peculiares, no caso do Chenonceau, passeio noturno com iluminação espetacular. Então, vá de meados de abril até final de setembro.
Excelente! Me deu até vontade de conhecer <3
ResponderExcluir