sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Argentina: Buenos Aires - terra do Dulce de Leche

Buenos Aires - as delícias feitas com doce de leite

     Como resistir aos quitutes deliciosos feitos com sabor do doce de leite da Argentina? É um doce de leite especial, meio caramelizado que ganhou fama de ser o melhor do mundo. Então, apesar deste blog ser para atrações turísticas, não deixarei de lado as atrações gastronômicas que são experiências únicas e que devem ser vividas plenamente! Vamos à Argentina?

Dulce de Leche:
     Comecemos então pela atração principal, o pote de doce de leite. São muitas marcas, aparentemente todos tem a mesma coloração e devem ter semelhanças. Não tive oportunidade de provar outros, sendo assim, lhes apresento a principal marca, famosa no mundo todo, a Havanna. O único cuidado a se ter ao comprar um Havanna é engordar, pois é impossível parar de comer!



     Sem dúvida é um doce de leite para você trazer aos montes de potes para casa, a não ser que você more em alguma cidade que o revenda. Isto mesmo, exitem lojas da Havanna no Brasil e alguns mercados pequenos, que vendem produtos importados, também tem dele para vender.
     Se estiver em Buenos Aires qualquer loja Havana serve, pois os preços são tabelados. E não são difíceis de encontrar, estão presentes na região central no bairro La Boca, próximo a diversos atrativos turísticos. Outra maravilha que eles tem para dias de calor é o "Frapê". Suco de frutas ou chocolate com muito gelo. Uma delícia!
Outras informações das lojas do Brasil: http://www.havanna.com.br/statictext.aspx?idstatictext=3
Outras informações das lojas de Buenos Aires: http://www.havanna.com.ar/


Alfajor:
     Quem adora alfajor saiba que está na terra deles. Juntamente com o Uruguai, a Argentina tem os melhores alfajores. Mas cuidado!!! Tem uma variedade enorme que você encontra até em bancas de jornal, mas tem marcas que são horríveis, não tem nem cheiro de doce de leite.
     O melhor alfajor, ao contrário do que muitos pensam, não é o Havanna. Se você gosta de um azedinho no meio do chocolate, então o sabor de raspinha de limão com o chocolate do alfajor Cachafaz e do Recoleta são as melhores opções. Mas só com o doce do chocolate, o melhor alfajor é o patagônico "Abuela Goye", que você encontra na Calle Florida e no subsolo das Galerías Pacífico. O de chocolate branco com doce de leite é o melhor, mas prove todos! Além disso eles também tem um chocolate muito bom. O Milka se aproxima do estilo da Abuela Goye e provavelmente é uma opção mais barata.

O alfajor só de maisena, sem chocolate por fora, é muito gostoso, porém pode ser algo meio entalante, porque a textura dele cola na sua boca. Mas vale provar um para conhecer.
Claro que gosto não se repete, então, enquanto estiver por lá, compre uns avulsos das mais variadas marcas e vá provando. Pacotes maiores com 6 ou 8 unidades você acha no mercado, por exemplo, no Carrefour Express da Avenida Corrientes, próximo ao Obelisco.



 


Sorvete:
     No quesito sorvete podem falar o que quiser, mas o melhor sorvete do mundo é o da Freddo!
Então se esbalde, mergulhe num pote de 1/4 de kilo de sorvete e, é claro, peça sempre o de doce de leite e suas varições. Afinal, há um menu de sorvetes de doce de leite, um de chocolate e os demais sabores. Dos azedinhos, o de maracujá é uma delícia. E tem um com pedaços (trozos) de chocolate que é "un manjar". Mas prove também o sundae de "Dulce de Leche" do MacDonalds, é bem gostoso e mais barato. Não se deixe enganar pelas sorveterias da cidade de boa aparência, pois nenhuma delas irá se comparar a Freddo e os sorvetes serão bem mais caros.
Para a nossa alegria há lojas da Freddo no Brasil também!
Informações de Freddo no Brasil: http://www.freddobrasil.com/

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

França: Vale do Loire - Chenonceaux

Château de Chenonceau ou Castelo das Sete Damas

     Os castelos geralmente são imponentes, magníficos, exuberantes e luxuosos, e o Castelo de Chenonceau é tudo isso e mais, é um castelo cheio de charme, com toque feminino e magníficos jardins. Mas por trás de tanta beleza há muita história de rivalidade, traição, tristeza e vingança. Uma das mais belas construções do Vale do Loire, o conhecido local dos castelos franceses, merece com certeza uma visita por dentro e por fora. É um dos poucos castelos intactos após as batalhas que afetaram a região e propiciaram saques, como aconteceu no Château de Chambord já visto aqui. As histórias, as belezas e as engenharias da época merecem sua visita, seja inverno, verão ou meia estação!



     É um palácio localizado na comuna de Chenonceaux, departamento de Indre-et-Loire, na região do rio Loire, a Sul de Chambord, na França. O primeiro castelo foi construído no local de um antigo moinho, em posição dominante sobre as águas do rio Cher, algum tempo antes da sua primeira menção num texto, no século XI.
    O atual palácio foi construído pelo arquiteto Philibert Delorme, e a sua história está associada a sete mulheres de personalidade forte, duas das quais rainhas de França. A atual fortificação remonta a um pequeno castelo erguido no século XIII. O edifício original foi incendiado em 1411 para punir o seu proprietário Jean Marques por um ato de sublevação. Este reconstruiu o castelo e moinho fortificado no local, durante a década de 1430. Subsequentemente, o seu endividado herdeiro, Pierre Marques, vendeu o castelo a Thomas Bohier, Camareiro do Rei Carlos VIII de França, em 1513. Bohier destruiu o castelo existente, conservando a torre de menagem, e construiu uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521; o trabalho foi por vezes supervisionado pela sua esposa, Catherine Briçonnet, a qual teve o prazer de hospedar a nobreza francesa, incluindo Francisco I de França em duas ocasiões.
     Mais tarde, o filho de Bohier foi desapropriado, sendo o château entregue ao Rei Francisco I por débitos não pagos à Coroa. Depois da morte deste monarca, em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers, a qual se tornou ardentemente ligada ao château e às suas vistas em conjunto com o rio. Ela haveria de mandar construir a ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta. Supervisionou, então, a plantação de extensos jardins de flores e de vegetais, juntamente com uma variedade de árvores de fruto. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos.



     Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade. Uma vez que o palácio já não pertencia à Coroa, a rainha não podia desapropriá-la totalmente, mas forçou-a a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Château de Chaumont-sur-Loire.
     No entanto, tendo apreciado as benfeitorias, resolveu dar continuidade às obras. A Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Como regente da França, Catarina podia gastar uma fortuna no palácio e em espetaculares festas noturnas. Em 1560, as primeiras exibições de fogo de artifício alguma vez vistas na França tiveram lugar em Chenonceau, durante a celebração que marcou a ascensão do seu filho, Francisco II, ao trono. Entre as marcas que imprimiu ao conjunto, determinou a construção, em 1577, de um novo aposento, exatamente por cima da ponte construída pela sua rival. Esse imenso salão sobre o rio, com dois andares e a extensão de sessenta metros de comprimento por seis de largura, ficou conhecido como a Grande Galeria e tornou-se na marca característica do palácio.


     Catarina de Médicis aumentou os jardins e parques do palácio, tornando a propriedade num disputado local para as grandes festas que atraíam a sociedade da época. Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catarina homenageou-a em Chenonceau com uma recepção para mil pessoas, que durou vários dias. Destacaram-se as apresentações teatrais, a presença de pintores para registrar o evento, de poetas e de muita música.




     O Castelo de Chenonceau foi comprado pelo Duque de Bourbon em 1720. Pouco a pouco, este vendeu todos os conteúdos do palácio. Muitas das refinadas estátuas acabaram no Château de Versailles. A própria propriedade foi, finalmente, vendida a um proprietário rural chamado Claude Dauphine. A esposa de Claude (filha do financeiro Samuel Bernard e avó de George Sand), Madame Louise Dupin, trouxe a vida de volta ao palácio ao receber os líderes do Iluminismo: Voltaire, Montesquieu, Buffon, Bernard le Bovier de Fontenelle, Pierre de Marivaux, e Jean-Jacques Rousseau. Louise salvou o palácio da destruição durante a Revolução Francesa, preservando-o da destruição pela Guarda Revolucionária, uma vez que era essencial para as viagens e para o comércio por ser a única ponte que atravessava o rio numa área de várias milhas. Sendo uma mistura entre o Gótico tardio e o Renascimento inicial, o Castelo de Chenonceau e os seus jardins estão abertos ao público. Sem contar com o Real Château de Versailles, Chenonceau é o mais visitado château da França.






Como Visitar:
Acesso:  Os trens levam até a cidade de Tours e de lá o trajeto pode ser feito por carro alugado ou por excursão ou também com trem Tours - Chenonceau.
Horários e Ingresso: são variados. Consultem o site: http://www.chenonceau.com/index.php/en/opening-hours-a-prices
Melhor época: o castelo é lindo em qualquer época do ano, mas os jardins floridos só são possíveis de serem vistos com o avanço da primavera. E no verão sempre ocorrem eventos peculiares, no caso do Chenonceau, passeio noturno com iluminação espetacular. Então, vá de meados de abril até final de setembro.

domingo, 10 de agosto de 2014

Brasil: Gramado - Lago Negro

Um lago com a cara da Alemanha

     Gramado, no Rio Grande do Sul, já é por si só uma viagem que vale a pena. Eu poderia fazer uma postagem enorme só falando das maravilhas desta cidadezinha. Frequento Gramado desde meus 2 anos e um cantinho que adoro e não deixo de ir todas as vezes que visito a cidade é o Lago Negro. Costumam chamar Gramado e a Serra Gaúcha de "Europa Brasileira". Pois bem, o Lago Negro é um lugar onde eu realmente me perco no tempo em meio a natureza, respirando aquele ar puro e fresco, as vezes frio, fazendo com que eu me sinta realmente num pedacinho da Europa.

Enfeitado para o Natal

Com hortênsias no verão

     Há duas opções de passeio, caminhando ao redor do Lago ou passeando de pedalinho. É lindo em qualquer época, seja com a paisagem de inverno, seja com as hortênsias no verão.






      Mas como surgiu o Lago Negro?
   Foi a maior reserva florestal da região, destruída por um incêndio em 1942. Em 1953, Leopoldo Rosenfeldt iniciou os trabalhos de reflorestamento e a construção da barragem. As mudas dos pinheiros que margeiam o lago foram trazidas da Floresta Negra, na Alemanha, daí o nome Lago Negro.






      Do lado de fora do Lago há lojas de artesanato, restaurante, loja de doces e bebidas.


Como Visitar:
Endereço: Fica na Rua A. Renner, próximo a Rua da Carrieri.
Horário e Ingresso: Não há horário ou ingresso para visitar o Lago Negro, mas há para passear de pedalinho. Os pedalinhos funcionam das 8:30h às 18h e custam R$ 20,00 (o cisne) e R$ 30,00 (a caravela) por 20 minutos.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Bélgica - um passeio com sabor de chocolate

Os melhores chocolates do mundo!

     Sei que este é um blog para falar sobre pontos turísticos, mas não posso desprezar as experiências gastronômicas que impressionam e valem a pena ser vividas durante os passeios. Sem dúvida os chocolates suíços são reverenciados no mundo todo e são de fato uma delícia, com destaque ao Lindt. Que a Suíça me perdoe, mas a Bélgica é a terra do chocolate! Com lojas glamorosas que mais parecem butiques do chocolate elas mexem com o imaginário do nosso paladar. Destacarei aqui duas marcas que tive o prazer de conhecer: a Godiva e a Neuhaus. Não são os mais baratos chocolates que você terá visto na vida, mas valem cada centavo para ter uma experiência única!

Godiva:
     O chocolate Godiva possui barras de várias graduações de cacau, indo do mais docinho ao mais amargo. São todo muito gostosos, mas para mim o carro-chefe são as pequenas barrinhas com recheios diversos. Além dos saborosos recheios, o chocolate das barrinhas derrete na boca, dando uma sensação aveludada ao encostar na língua. É de outro mundo!




Neuhaus:
     Assim como a Godiva, este chocolate também é de excelente qualidade, não ficando muito atrás do primeiro. Suas variedades e tipo de loja são bem similares e as barrinhas são igualmente deliciosas, mas o chocolate tem diferenças peculiares, por exemplo, não dão a mesma sensação aveludada na língua, mas derretem igual e o sabor ainda assim é esplêndido! Os bombons também são divinos e dão ótimos presentes.




Como Visitar:
Acesso: existem lojas em Bruxelas e em Bruges localizadas no meio dos caminhos onde o turismo circula, como as praças centrais e ruas próximas. Em Bruges há uma Godiva no endereço Markt 10 e uma Neuhaus no endereço Steenstraat 66. Em Bruxelas há uma loja de cada na Grand Place. Dá para chegar até elas a pé.
Outras informações Godiva: http://www.godiva.com/

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Bélgica: Antuérpia - Central Station

Estação Central de Antuérpia - uma catedral de mármore

    O caminho entre Amsterdam e Bruxelas é realizado por milhares de turistas todos os anos, um grande passeio entre as capitais do oeste europeu. Mas muitos não apreciam o que há no meio do caminho, como a cidade de Antuérpia (Antwerpen) por exemplo, a cidade dos diamantes. Possui uma praça central lindíssima e uma imponente catedral com 123 metros de altura. Entretanto, o primeiro impacto acontece ao chegar na cidade na própria Estação Central de trem. Uma verdadeira catedral de mármore para os trens e sem dúvida uma das mais lindas estações da Europa.


    A Estação Central de Antuérpia é uma das mais impressionantes do mundo, tendo sido apelidada de “a Catedral Ferroviária”. Foi construída entre 1895 e 1905 substituindo a antiga estação de madeira. Possui três andares de plataformas e um shopping Center.


    Tem uma cúpula enorme e oito torres menores, tendo sido, a partir de 2009, todo ornamentado, incluindo grandes estátuas de leão. Seu colorido interior foi ricamente decorado com mais de 20 tipos diferentes de mármores e pedras. O hall principal e a cafeteria da ferroviária podem ser comparados ao interior de muitos palácios. Nem um pedacinho sequer, dentro ou fora do prédio, ficou sem decoração.




   Uma abóboda de 185m de comprimento e 44m no seu ponto mais alto cobrem as plataformas e pequenas lojas que compõem o distrito dos diamantes próximo à estação.



    Sem dúvida esta linda estação merece uma paradinha na sua viagem, e aproveite para conhecer o centro e a Catedral, que é outra galeria de arte.

Como Visitar:
Acesso: por ser uma estação de trem não há horário ou ingresso e o modo mais fácil de chegar é, lógico, vindo de trem. Demora cerca de 2h de viagem a partir de Amsterdam em trem comum, de 1h a partir de Bruxelas e 1:30h de Bruges.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Brasil: Petrópolis - Palácio Quitandinha

De luxuoso cassino a simples apartamentos e local de eventos

     O que era para ter sido um local de jogos de sucesso, no melhor estilo europeu, acabou tendo seus planos mudados pelos eventos da política. Mas a beleza estonteante desta luxuosa e imponente construção atrai centenas de turistas por ano e se você ainda não conhece, está perdendo a chance de ver um dos belíssimos palácios brasileiros. Além do prédio em si, o jardim também é muito charmoso. Meu conselho é: conheça Petrópolis!




     Construído em 1944 por Joaquim Rolla, para ser o maior cassino hotel da América do Sul, é em estilo normando, apresentando em seu interior o estilo “Hollywoodiano”.
     O estilo normando é característico dos cassinos europeus que faziam sucesso na Normandia, antes da Segunda Guerra Mundial, e o interior lembra cenários de filmes americanos, daí o estilo no Brasil. Os ambientes foram decorados por Doroth Draper, cenógrafa dos filmes famosos de Hollywood.
     Numa área de 50.000m2, o Quitandinha foi construído para ser a “Capital do jogo bancado no Brasil”. Banheiros em mármore, lustres com pingentes de cristal e um sistema de iluminação que seria suficiente para iluminar uma cidade de 60.000 habitantes. Seus 14 salões podem abrigar até 10.000 pessoas simultaneamente.




 
     A cúpula do Salão Mauá é a maior do mundo com 30m de altura e 50m de diâmetro, sendo comparada a redoma da Catedral de São Pedro em Roma; o Teatro Mecanizado com três palcos giratórios tem capacidade para 2.000 pessoas. O lago tem formato do mapa do Brasil com o farol na Ilha de Marajó.

Salão da cúpula

     Os hóspedes do Hotel Quitandinha eram milionários, atrizes, vedetes, políticos que desejavam obter o máximo em matéria de bem viver. Em 30 de maio de 1946, o Pres. Dutra proibiu o jogo no país e assim,  o Quitandinha acabou não conseguindo sobreviver como hotel, seus apartamentos foram pouco a pouco sendo vendidos e a partir de janeiro de 1989 foi restaurado e atualmente a parte social é utilizada para congressos, eventos, shows e feiras. É uma das unidades do SESC.

Como Visitar:
Endereço: Rua Joaquim Rolla, 2 - Quitandinha
Telefone: (24) 2104-4495
Acesso: somente de carro ou excursão.
Visitação: a entrada para visitação é paga e funciona a partir das 9h.