sexta-feira, 27 de março de 2015

Noruega: Flåmsbana - Passeio de trem de Myrdal para Flåm

Um dos mais belos passeios de trem do mundo!

    A natureza é sempre motivo de passeios maravilhosos, caminhadas, trilhas, ar puro...mas hoje, eu trago a vocês um passeio diferente, mas igualmente deslumbrante. Embarquem comigo neste passeio de trem por um dos países de natureza mais bela e paisagens de tirar o fôlego, a Noruega.
    Quem nunca ouviu falar da beleza dos fiordes noruegueses? Assim como os fiordes, a paisagem montanhosa entremeada de rios e cascatas transforma o passeio de trem de Myrdal para Flåm num dos mais bonitos do mundo.

Mapa do Trajeto
O trem Flåmsbana
Interior do trem.
    As cidades de Myrdal e Flåm estão situadas a 330 quilômetros da capital Oslo, e a 170 quilômetros da cidade de Bergen, outra importante cidade turística da região.
   Nenhuma outra viagem de trem ligando duas cidades na Europa passa por altitudes tão grandes quanto no percurso entre Oslo e Bergen. Integrando as duas maiores cidades da Noruega, esta linha percorre cenários exuberantes, no mais espetacular trecho sobre o Hardangervidda, o planalto montanhoso mais alto da Europa. Finse, a 1.222 metros acima do nível do mar, é o ponto mais alto do trajeto.
    Porém este passeio não será completo se você não reservar um tempo extra e deixar de experimentar a viagem pela estrada de ferro de Flåm ao chegar em Myrdal. O trajeto tem como destino o vilarejo de Flåm, na parte mais central do fiorde Aurlandsfjord. O Aurlandsfjord é um braço do grandioso Sognefjord, o mais longo fiorde da Noruega.


    Um destino imperdível para os entusiastas dos trilhos, a Ferrovia de Flåm, uma das ferrovias mais íngremes do mundo com largura normal é uma das atrações mais populares da Noruega e é uma obra prima da engenharia norueguesa. Em sua edição de março de 2014, o guia Lonely Planet Traveller incluiu a Ferrovia de Flåm em sua lista de "As mais incríveis viagens de trem 2014" avaliando o trajeto como "O melhor passeio de trem do mundo".
   A viagem passa pelo estreito e íngreme vale de Flåm, com vistas de fortes cachoeiras e picos de montanhas, e leva cerca de 40 minutos.






    O trem viaja sem pressa e para nos pontos mais pitorescos, como a parada para fotos da cachoeira Kjosfossen, com direito a um breve show de canto.



   Desfrute de uma das mais belas paisagens naturais da Noruega num dos mais encantadores passeios de trem do mundo!


Como Visitar:
Acesso: como visto anteriormente, o acesso a Myrdal pode ser feito de trem a partir de Oslo ou de Bergen. Passagens aqui ou no local.

Horários: o trem faz passeio durante todo o ano, das 9h às 18h, mas é sempre bom lembrar que o passeio só vale a pena à luz do dia, o que sugere atenção no inverno com dias mais curtos. Veja os horários aqui.

Ticket: A viagem de trem pode custar em torno de NOK 320,- coroas norueguesas (aproximadamente €37,16 euros), mas existem pacotes e promoções. Veja alguns pacotes aqui.
A Eurail, uma das maiores empresas responsáveis por vendas de passes e tickets de trem por toda a Europa oferece algumas promoções. Por exemplo, os portadores de passe Eurail têm direito a um desconto de 30% em viagens normais de ida. Contudo, para comprar o passeio de trem com desconto do Eurail, acredito que só possa ser feito no local.
Para quem quer reservar o passeio online, veja as condições aqui ou no site oficial dos trens noruegueses.

Quando ir: o trem funciona o ano todo, mas é entre a primavera e o verão que a paisagem ganha cor e ainda preserva os cumes nevados nas montanhas.

Outras Informações: Site de Flåm, site da Noruega.


Agora também é possível nos seguir pelo facebook, é só curtir!

domingo, 22 de março de 2015

Alemanha: Wolfsburg - Autostadt Volkswagen

A verdadeira cidade automotiva da Volkswagen

    A Alemanha é um país riquíssimo em história, deliciosa cultura gastronômica e exuberantes paisagens bávaras. Mas hoje, destinarei este passeio aos amantes dos automóveis, pois esta parte também é motivo de orgulho para os alemães. Uma de suas marcas mais queridas é a Volkswagen e é para esta imensa cidade do automóvel que faremos nossa jornada.
     A maior cidade automotiva da Volkswagen, a Autostadt, está localizada na cidade de Wolfsburg, bem ao lado da Volkswagen Arena (estádio de futebol do time de Wolfsburg), que fica a 230 quilômetros de distância de Berlim (cerca de 1:30h de trem).


   Visitar o Autostadt é a viagem pelo mundo da mobilidade. Até o momento, dois milhões de veículos foram entregues lá, no maior centro de entrega de carros do mundo. Além disso, esta extraordinária experiência no parque e o tema automotivo fizeram a Autostadt Volkswagen tornar-se um destino favorito de turismo para jovens e idosos. Não só porque aqui todas as coisas automobilísticas são trazidas à vida, mas também por causa de seu destaque em eventos culturais e sua boa reputação como um lugar extra-curricular de aprendizagem.



    Situar-se em 28 hectares de parque, arquitetura, design e natureza fornece a estrutura para as suas muitas e diversas atrações. No Verão, o Autostadt torna-se um paraíso para as mini-férias, já durante o tempo mais frio do ano, uma das belas maravilhas do inverno.



    Atrações durante todo o ano incluem o Museu "Zeithaus", que é o lar dos carros clássicos, que deixaram sua marca na história do automóvel, oito pavilhões que abrigam várias marcas de carros da VW e os "tracks", que aguentam todos os tipos de terrenos (All-terrain track).



     Arte e filmes estimulam a discussão e estações de pesquisa interativas convidam participação.
    E há outra coisa que é característica da Autostadt: a mudança contínua e a simbiose entre forma e função. A cidade não é uma entidade fixa ou estática. Ele está em um constante estado de fluxo. Ela está em constante evolução. Na Autostadt o tempo não para, as coisas evoluem e as mudanças são feitas. Criatividade não é incidental, o visitante a encontra em toda parte. Neste caso, projeto de design é mais do que uma simbiose entre forma e função; lá, é uma experiência sensorial completa. Então, bem-vindo ao Autostadt! Quem sabe você não sai de lá com um dos muitos carros que a Volkswagen oferece!


   No Automuseum Volkswagen, a 2 km de distância da Autostadt, pode ser encontrada uma das atrações mais cobiçadas do mundo automobilístico da Volkswagen, o Herbie! Quem não conhece os famosos filmes deste fusca feito pela Disney?! Herbie The Love Bug, ou, em português, Se Meu Fusca Falasse, além de outros.

Herbie, o fusca.

Como Visitar:
Acesso: É possível chegar à Autostadt em Wolfsburg de trem a partir de Berlim ou de Hannover, mas também é possível ir de carro. Veja as orientações.

Horário: Abre durante todo o ano, exceto de 24 a 31 de dezembro. Funciona das 9h às 18h. Entretanto, algumas partes do parque possuem horários exclusivos, veja aqui.

Ingresso: o valor de entrada para adultos é de € 15 (euros), mas há valores reduzidos e valores diferenciados para passeios no fim da tarde. Veja.

Outras Informações: Consulte o site.

Informações sobre o Automuseum Volkswagen (Herbie):  Horário e ingresso e acesso.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Rússia: São Petersburgo - Peterhof

Peterhof, a joia czarista de São Petersburgo

Colaboração de Adriano Pupp Monaretto

   Durante muito tempo a Rússia foi um país um tanto quanto fechado ao turista independente, somente as excursões levavam até lá e poucos se arriscavam a ir por conta própria. A rigidez da aduana, a dificuldade do idioma e a exigência do visto, mantiveram escondidas dos olhos do mundo as joias russas.
    Entretanto, nesta última década, vemos uma Rússia mais integrada ao processo de globalização. Apesar de ainda ter uma aduana bem rígida, o que é algo normal para diversos países, o inglês começa a ser mais falado nas cidades turísticas e, como ponto principal para turistas brasileiros, desde 2010 não há mais a exigência do visto para viagens de curta duração.
    São Petersburgo (Санкт-Петербург), antiga Leningrado, também chamada de Veneza do Báltico, deixa qualquer um boquiaberto com suas construções suntuosas e sua beleza, e pode ser alcançada facilmente por uma viagem em trem rápido a partir de Helsinki, na Finlândia.
    Por esta mudança de cenário e pela simpatia do povo russo, é que convido você a conhecer, junto comigo e meu irmão Adriano, uma das joias raras herdadas da época do czar russo, Pedro, o Grande, o Peterhof.


    O Complexo Peterhof Museum é um dos museus mais populares não só na Rússia, mas em todo o mundo. Mesmo passando algumas poucas horas no local, são o suficiente para sentir o espírito da história que ainda vive e respira neste lugar magnífico.

Um pouco de história:
   Na época do czar Pedro, o Grande, o mar a Norte de Peterhof e para Este em direção a São Petersburgo, era demasiado superficial para permitir a navegação de barcos comerciais ou de navios de guerra. No entanto, para Oeste de Peterhof, o mar era suficientemente profundo para navios de alto-mar. Consequentemente, quando Pedro, o Grande decidiu erigir São Petersburgo no extremo oriental do Golfo da Finlândia, começou tomando a Ilha de Kotlin dos Suecos em 1703, a qual era claramente visível a partir de Peterhof, situada no meio do golfo, a Nordeste. Na ilha de Kotlin o monarca construiria o porto comercial de São Petersburgo, tal como as fortificações de Kronstadt, ao longo de uma linha de 20 quilômetros de mar superficial, para defender a marinha que ele formaria.
    No dia 27 de Junho de 1709, dia de São Sansão, deu-se a Batalha de Poltava, na qual Pedro, o Grande, conseguiu repelir as tropas do Rei Carlos XII da Suécia, o que lhe permitiu controlar os territórios considerados como a porta do Ocidente, uma premissa essencial para garantir o desenvolvimento econômico do país.
    A Batalha de Poltava merecia, portanto, ser dignamente celebrada, e a melhor forma de fazê-lo seria através da construção de uma suntuosa residência que fosse capaz de rivalizar com os mais faustosos palácios dos soberanos Ocidentais e, ao mesmo tempo, que constituísse um símbolo do seu poder autocrático. Contudo, foi necessário esperar até 1714 para que, consolidadas as posições russas no Báltico Meridional com a Batalha Naval de Hanögudde, as obras pudessem ser iniciadas, num local junto ao mar e à fortaleza marítima de Kronstadt, onde Pedro, o Grande, se instalava, desde 1705, durante as suas permanências em São Petersburgo.


    As primeiras menções de Pedro, o Grande, a Peterhof encontram-se no seu diário, com data de 1705, durante a Grande Guerra do Norte, referindo-se a ele como um bom local de construção de um pouso para usar nas viagens de e para a fortaleza insular de Kronstadt. Em 1714, Pedro começou a construção, no que viria a ser o parque de Peterhof, do palácio de Monplaisir (meu prazer), baseado nos seus próprios esboços. Este foi o Palácio de Verão que Pedro usaria nas suas viagens entre a Europa e o porto marítimo de Kronstadt. Na esquina de Monplaisir virada ao mar, Pedro instalou o seu Estúdio Marítimo, do qual podia ver a Ilha de Kronstadt para a esquerda e São Petersburgo para a direita. Mais tarde, ampliou os seus planos, incluindo um vasto conjunto de palácios e jardins, seguindo o modelo do Palácio de Versailles.
     Os palácios e jardins de Peterhof foram aumentados por cada um dos Czares que sucederam a Pedro, mas a maior parte das contribuições foram concluídas por Pedro, o Grande, por volta de 1725. Pedro chegou a conceber planos para um palácio semelhante em Strelna, a pouca distância para Este, mas estes foram abandonados. Peterhof, originalmente, tinha uma aparência bastante diferente da atual. Muitas das fontes ainda não haviam sido instaladas. Nem o Parque de Alexandre nem os Jardins Superiores existiam (o último era usado para o cultivo de vegetais e os seus tanques como viveiros de peixe). A Fonte de Sansão e o seu maciço pedestal ainda não foram instalados no Canal Marítimo e o próprio canal era usado como uma grande marina que entrava pelo complexo. Do mesmo modo, a Grande Cascata estava mais esparsamente decorada na sua traça original.


     Isabel da Rússia, a filha e sucessora de Pedro, o Grande, também se instalou em Peterhof, onde encarregou o arquitecto italiano Bartolomeo Rastrelli de proceder a várias obras de ampliação, sendo as mais notáveis as empreendidas no Bolsoi Palaty (Grande Palácio), em resposta ao desejo de Isabel por um palácio mais adequado às exigências de representação da Côrte. Depois de concluidas as obras, o palácio estava apto para acolher a Imperatriz Isabel, os hóspedes das suas memoráveis festas e os intelectuais do seu salão, como o historiador Tatiscev, o poeta Kantemir, ou o escritor e cientista Lomonosov, o fundador da Universidade de Moscou.



     Ao longo do século XIX Peterhof continuou a ser residência Imperial, tendo assistido à construção do Neogótico Parque de Alexandria, onde se ergue o pavilhão de Nicolau I e uma capela mandada construir por ele. Neste século foram ainda ampliadas fontes já existentes e construidas outras de novo.
    Já no século XX, Peterhof sofreu gravíssimos danos, que pareciam irreparáveis, durante a Segunda Guerra Mundial. Quando se iniciou o conflito houve uma tentativa de evacuar as obras de arte e enterrar as esculturas. Nos poucos meses que mediaram entre o despoletar da guerra a Oeste e a chegada do Exército Alemão, os empregados conseguiram salvar apenas uma parte dos tesouros dos palácios e fontes. Foi feita uma tentativa de desmantelar e enterrar as esculturas das fontes, mas três quartos delas, incluindo todas as maiores, permaneceram no lugar. Apesar de todos os esforços, nada impediu que as tropas nazistas se instalassem em Peterhof, tal como em Tsarskoye Selo, em Setembro de 1941, onde permaneceram até Janeiro de 1944 e de onde prepararam o longo cerco a Leninegrado. As forças ocupantes do exército alemão provocaram grandes destruições, especialmente depois do fim do Cerco a Leninegrado: foram derrubadas árvores centenárias nos dois parques; o Grande Palácio foi pilhado e incendiado; a Grande Cascata foi pelos ares; os Pavilhões de Marly, Monplaisir e Ermitage ficaram semidestruídos; fontes e cascatas quase desapareceram, e as esculturas que sobreviveram foram levadas para a Alemanha. Na realidade, foi muito pouco o que restou. 



    Felizmente, pouco depois do fim da guerra foi iniciado um minucioso programa de restauro que conseguiu restituir ao conjunto o seu aspecto primitivo.
     Em 1944, o nome foi mudado para Petrodvorets (Palácio de Pedro), como resultado do sentimento antigermânico e por motivos de propaganda, mas o nome original (Peterhof) acabou por ser reposto em 1997, pelo governo da Rússia pós-soviética.

O turismo no local:
    Para chegar ao Peterhof não é complicado, basta saber chegar ao museu Hermitage de metrô (estação Admiralteiskaya ou Адмиралтейская), pois os barcos saem do píer atrás dele, ao lado da ponte Dvortsoviy, a famosa ponte levadiça. Há outras formas de se chegar ao Peterhof, entretanto esta pode ser a opção mais fácil, pois na dificuldade do idioma, pelo menos todos conhecem o Hermitage.

Museu Hermitage à direita, os barcos e a ponte levadiça no fundo, à esquerda.
    Os barcos são confortáveis e rápidos. A viagem dura cerca de 35 minutos e custa 1.100 rublos (cerca de 16 euros) por pessoa ida e volta. Em cada palácio é cobrado um ingresso à parte, que pode ser comprado online através do site deles.

Dentro do barco.

Chegada ao Peterhof.

Chegada ao Peterhof

   Peterhof é um conjunto de 500 hectares de jardins (Inferior e Superior), fontes e palácios (Strelna, Peterhof e Oranienbaum) idealizado pelo próprio czar Pedro, o Grande, construído entre 1714 e 1725, tendo sido sua habitação por anos, nos verões em que viajava para a Europa. Também foi palácio de verão de vários czares e imperatrizes durantes anos.
    A história diz que o lugar foi inspirado nos jardins de Versailles, porém, a impressão que se tem é que os russos conseguiram superar sua fonte de inspiração. O grande diferencial são suas mais de 120 lindas fontes, que se estendem por todo o parque. De fato, caminhando pelos jardins, percebe-se que a água está presente em todos os caminhos percorridos. Desde o momento em que se chega, entrando pela "rua" principal, margeando o grande Canal do Mar, que deságua no Mar Báltico, já é possível avistar diversos chafarizes, a Grande Cascata e o incrível Grande Palácio ao fundo.
    O Complexo do Museu Peterhof é considerado como a "capital das fontes." Incluído no registro do Estado dos mais valiosos bens culturais da Federação Russa, Peterhof agora ostenta o título orgulhoso de uma das "Sete Maravilhas da Rússia."
    Então, ainda que seu tempo seja curto, vale a pena a visita, mesmo que seja somente para ver os jardins.

Jardim inferior - caminho para a fonte de sansão

Jardim Inferior - fonte do leão

Jardim Inferior - fonte do sol.

Jardim Inferior - fonte da montanha do tabuleiro de xadrez.

Jardim Inferior - vista para a fonte de sansão.
Jardim Superior - fonte de Netuno.
    Além dos jardins, o complexo conta também com museus e palácios, sendo o principal deles o Grande Palácio. Mas há outros museus como a Igreja, o Museu do Tesouro Especial, as grutas e a Grande Cascata, o Palácio Monplaisir, o Módulo de Catherine (Catherine Block), o Módulo de Banhos, o Aviário, o Hermitage (para jantares especiais), o Palácio de Marly, o Museu Imperial de Iates, entre outros.

O Grand Palace:
     O Grande Palácio (Gгаnd Palace) situa-se no coração de Peterhof - antiga residência de verão dos monarcas russos. De frente para o Golfo da Finlândia, o palácio surge acima da Grande Cascata e do Jardim Inferior, estendendo-se ao longo do pátio superior por quase trezentos metros.



    A ideia original para a localização e aspecto geral das "câmaras superiores" pertencia a Pedro, o Grande. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, os melhores arquitetos russos e europeus ocidentais trabalharam nas fachadas e decoração do interior. Mas a maior contribuição foi feita por Francesco Bartolomeo Rastrelli, que transformou o Grand Palace em uma obra de arte barroca durante o reinado da imperatriz Elizabeth, no século XVIII. O Grand Palace é tão bonito por dentro como por fora.
    No século XIX, os interiores barrocos foram enfeitados com detalhes neoclássicos e leves toques de um Rococó tardio. O palácio possui obras-primas da arte decorativa como o Gabinete de Carvalho de Pedro, o Grande, com painéis esculpidos por Nicolas Pineau; a Grande Escadaria, o Salão de Baile e a Galeria de Imagens com 368 pinturas de Pietro Antonio Rotari; o Quarto Cesme criado para Catarina, a Grande, em honra às vitórias navais russas; os Quartos chineses e a Sala do Trono com a sua galeria de retratos Romanov. Hoje, o Grand Palace é um museu único de história e arte.




    Além de desfrutar da beleza do local num passeio durante o dia, fique até o anoitecer e você poderá presenciar uma bela imagem de cores e luzes. Se for época de comemoração de aniversário do museu, o espetáculo poderá ser ainda mais belo.




Como Visitar:

Acesso: Como visto no texto, há um acesso por meio de barco, que parte de trás do Museu Hermitage, mas há como chegar por meio de transporte público como ônibus. Veja as opções.

Horário e Ingresso: Cada atração possui seu horário e seu preço. Consulte aqui.

Outras informações: Clique aqui.

segunda-feira, 2 de março de 2015

França: Vale do Loire - Château Villadry

Os famosos Jardins de Villadry

     Visitar o Vale do Loire é, sem dúvidas, deslumbrar-se com a imponência de belos castelos, apaixonar-se pelo charme das florestas e das pequenas cidades e encantar-se, ou até mesmo admirar-se, com as histórias da realeza. Neste incrível passeio não há como deixar de fora um dos ícones mais importantes do turismo local, os famosos Jardins de Villandry.


     Quando se planeja conhecer o Vale do Loire, a primeira coisa que fazemos é selecionar os castelos que interessam visitar, mas nem todos os castelos precisam ser visitados por dentro e por fora, alguns, como o Villandry, chamam muito mais a atenção pelo que está no seu exterior. Este é um dos poucos castelos que possuem ingressos separados para visita só dos jardins ou do castelo com os jardins. Se seu tempo está curto vá apenas aos jardins.

Um pouco de história:
     Com um design de vanguarda arquitetônica,Villandry é um dos grandes castelos construídos às margens do rio Loire durante o Renascimento. Ele tem a característica particular de não ser a residência de um rei, nem de ninguém da côrte, mas de Jean Le Breton, ministro das Finanças de François I. No Villandry, Jean Le Breton se baseou em sua excepcional experiência arquitectônica adquirida em um grande número de lugares, incluindo o Castelo de Chambord, que ele supervisionou e dirigiu em nome da Coroa durante muitos anos.
     Quando ele chegou em Villandry, em 1532, ele teve a antiga fortaleza feudal demolida, exceto a torre de menagem (estrutura central do castelo medieval e habitação da autoridade do castelo), um testemunho dramático da conferência realizada em 4 de julho de 1189, em que Henrique II da Inglaterra admitiu sua derrota diante do rei Filipe Augusto de França, assinando o tratado conhecido como "La Paix de Colombiers" (A Paz de Colombiers), dois dias antes de morrer.


     No lugar da fortaleza, ele tinha três estruturas principais aparentemente simples construídas ao lado da torre de menagem, para formar uma ferradura aberta para o vale através do qual o rio Cher e o rio Loire fluem. Arcadas, janelas gradeadas cercadas por pilastras ricamente decoradas, lucarnas altas e largas com curvas esculpidas, telhados de ardósia com grande inclinação de um pátio principal com proporções de rara elegância, todo marcado pelo princípio arquitetônico do período: simetria.
     Apesar de estar perto e ser quase contemporâneo a Azay-le-Rideau, em Villandry as influências italianas e referências medievais desapareceram completamente para dar lugar a um estilo mais simples, puramente francês, principalmente no que diz respeito à forma dos telhados. A originalidade de Villandry reside não só na sua concepção de vanguarda arquitetônica, mas também é para ser encontrada na utilização do local em que foi construído, em completa harmonia com natureza e pedra, com jardins de grande beleza.




      Interessado em arquitetura, Jean Le Breton também estava interessado na arte da jardinagem, que ele teve a oportunidade de estudar quando foi embaixador em Roma. Os tempos tinham mudado. Fortalezas feudais abriram caminho para o delicado castelo, muralhas se tornaram paredes que agora permitiam um a olhar para a paisagem circundante, os jardins fechados, utilitários da Idade Média abriram caminho para jardins ornamentais, em uma transição suave entre a casa eo ambiente natural. Villandry não foi exceção à nova moda. Ao pé do castelo, com vista para o rio Cher, foram colocados jardins cujo esplendor já deram à propriedade uma reputação fora do Vale do Loire.

      Os jardins podem ser visitados durante todo o ano. A paisagem invernal dá um charme ao lugar, mas para ver as vibrantes e variadas cores das flores, a melhor época é final da primavera até início do outono (de final de abril ao início de outubro).

Jardins no verão

Jardins no início da primavera







Como Visitar:

Acesso: Como eu costumo colocar nas postagens do Vale do Loire, a forma que mais lhe dará liberdade de locomoção é o carro, entretanto, é possível chegar ao Villandry de trem a partir de Paris ou de Tours, ou de ônibus a partir de Paris, ou ainda, de excursão ou até de bicicleta para os mais corajosos.

Ingresso: € 10,00 castelo e jardins e € 6,50 só os jardins. Os preços são menores no inverno.

Horários: Cada mês pode ter um horário variado, então para maiores informações consultem: http://www.chateauvillandry.fr/en/visit/practical-information/prices-opening-times-how-to-get-there/

Outras informações: http://www.chateauvillandry.fr/en/