domingo, 25 de janeiro de 2015

Brasil: Rio Grande do Sul - Canela - Parque do Caracol e da Serra

Parque do Caracol e da Serra

     Passear na Serra Gaúcha já é algo especial. O clima de montanha, a tranquilidade, os ares europeus das cidadezinhas...tudo contribui para dias maravilhosos, seja com a família, seja em lua de mel. Falando de cidades como Gramado, Canela e Nova Petrópolis, não estamos falando somente do clima romântico, da beleza local e dos festivais, mas também estamos falando de interação com a natureza.
       O turismo rural é ótima opção de passeio, entretanto há passeios que permitem fazer trilhas e entrar em contato efetivamente com a natureza, como acontece nos parques do Caracol, da Serra e da Ferradura (este último será apresentado em outra postagem), em Canela.

Parque do Caracol:
      A região do Parque Estadual do Caracol, foi habitada, até meados do século passado, por índios caigangues que viviam nas florestas de araucárias. Eram catadores de frutos e sementes e, eventualmente, caçadores. Por volta de 1863, chegou a região o primeiro colonizador europeu, juntamente com sua família. Viveram como agricultores e pecuaristas e foram, durante muitos anos, os únicos moradores do local. A partir de 1900 começaram a surgir novos colonos, madeireiros e os primeiros hotéis e casas de veraneio, muito antes de existir a cidade de Canela. As pessoas eram atraídas pelo clima ameno, as florestas, a pureza do ar e das águas.
      Em 1925 chega a ferrovia em Canela, que começa a crescer de forma rápida, principalmente em função da exploração, escoada pela estrada de ferro. Rapidamente o parque tornou-se o local mais visitado do Rio Grande do Sul.


      O Parque do Caracol possui 25 hectares de área e sua principal atração é a Cascata do Caracol. O arroio Caracol despenca em uma queda livre de 131 metros em meio a rochas basálticas e muito verde, formando uma cascata grandiosa em tamanho e beleza.


      O Parque possui diversas formas de apreciar a cascata: um elevador panorâmico, com 27 metros de altura, que conduz a um mirante de 360º, outro mirante mais baixo que o do elevador e a famosa escadaria da perna bamba, que com 927 degraus conduz à base da cascata.

Observatório Ecológico - Elevador
Cascata vista do Mirante do Elevador
Escadaria da Perna Bamba
Cascata vista de baixo.
      Além disto, é possível desfrutar de passeios por trilhas ecológicas que margeiam o arroio Caracol.







      Também possui atrativos para os pequeninos, como a Estação Sonho Vivo, com 800 metros de passeio de trem vendo a história da imigração, e atrativos para todas as idades como as lojas de artesanato.

Parque da Serra:
      Outra forma de desfrutar da vista da Cascata do Caracol é ir ao Parque da Serra. Este parque possui 59 hectares e fornece ao visitante um passeio de 840 metros de extensão em teleféricos (bondinhos aéreos) modernos e seguros, com direito a duas paradas, além da de embarque, sendo uma alternativa aos que não desejarem ou não puderem descer os degraus da escadaria da Perna Bamba do Parque do Caracol.
     A plataforma de embarque dos bondinhos fica na Estação Central, com loja de souvenir, alimentação e um mirante de 60 metros de altura. Subindo, está a Estação Animal, com trilha ecológica e mirante de 130 metros de altura. E, descendo, está a Estação Cascata, com um mirante que fornece vista privilegiada do vale e da Cascata do Caracol, onde os visitantes podem aproveitar para tirar fotos bem de perto da cascata, registrando toda beleza a sua volta.




       Na época da primavera até início do verão, as flores dão um show à parte e transformam este lugar em uma exposição natural.

No verão ainda com o teleférico antigo
       Vale ressaltar que no caso de ir em alta temporada, como nos meses de julho e agosto, e novembro, dezembro e janeiro, é bom ir cedo aos parques, pois ônibus de excursão em massa descarregam milhares de turistas durante todo o dia, podendo gerar grandes filas e muito movimento.


Como Visitar:

Parque do Caracol:
Endereço: Estrada do Caracol, km 0,9 - Canela.
Acesso: Somente com transporte particular, táxi ou excursões.
Horário: 2ª a 6ª das 8:45h às 17:45h e Sábado, Domingo e Feriados, das 8:45h às 18h.
Ingresso: R$ 18,00 para adultos de 12 a 60 anos e meia entrada para as demais idades.
Outras informações: http://www.parquedocaracol.com.br/

Parque da Serra:
Endereço: Estrada da Ferradura, 699, Caracol - Canela
Acesso: Somente com transporte particular, táxi ou excursões.
Horário: Todos os dias, das 9h às 17:30h.
Ingresso: R$ 36,00 para adultos, meia entrada (R$18,00) para crianças de 6 a 12 anos e para adultos acima de 60 anos. Crianças abaixo de 6 anos não pagam.
Outras informações: http://parquesdaserra.com.br/

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Holanda: Den Haag - Escher in het Paleis

Escher in het Paleis - um museu cheio de ilusões!

     Se você gostar de museus e de arte, recomendo uma visita à exposição de Escher num antigo Palácio de Den Haag. Caso não goste de museus de arte, ainda assim recomendo a visita, pois tenho certeza de que este irá lhe despertar a atenção e tornará seu passeio bem interessante.

    Escher in het Paleis é uma exposição permanente dedicada ao artista mundialmente famoso Maurits Cornelis Escher, cuja arte impressionou milhões de pessoas por todo o mundo. A exposição se encontra no antigo Palácio de Inverno da Rainha Mãe Emma, da Holanda. É o único edifício público em Den Haag onde o ambiente original de um palácio real foi mantido.


    Maurits Cornelis Escher (1898-1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Ele também era conhecido pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras. Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de ótica, o que realmente nos faz querer ficar apreciando cada obra exposta no museu.

      A arte de Escher incute um sentimento de espanto e admiração, e fascina jovens e adultos com seu mundo mágico. A exposição inclui gravuras famosas 'impossíveis', como "Dia e Noite", onde a paisagem holandesa parece se transformar em um bando de pássaros, e "subir e descer" que retrata fileiras de pessoas perpetuamente subindo e descendo um lance de escadas. Suas estruturas fantásticas, que não poderia existir no mundo real, são ilusões de ótica que brincam com a perspectiva.







     O segundo andar foi transformado em uma experiência especial para a apresentação: O olho de Escher. Uma ilusão óptica descreve algo que é de fato impossível. M.C. Escher era um mestre nesse campo. Uma ilusão de ótica significa, literalmente, fazer puzzles com seus olhos.


      Apesar das obras de Escher já encherem nossos olhos e encarregarem-se da diversão, não deixe de apreciar o local da exposição, pois este é um belo Palácio.



       Emma, a primeira das quatro rainhas que governaram a Holanda por um século, usou este palácio como sua residência de inverno do ano de 1901 até sua morte em 1934. O palácio foi oficialmente utilizado pela família real até 1990. O edifício em si possui mais de duzentos anos. Ele está situado no coração histórico de Den Haag, junto a uma das mais bonitas e prestigiadas avenidas dos Países Baixos: het Lange Voorhout, que abriga um grande número de eventos culturais no verão. Os cômodos do Palácio oferecem aos visitantes uma perspectiva contemporânea do como o Palácio seria nos dias de Emma.

Como Visitar:
Endereço: Lange Voorhout 74, Den Haag
Acesso: é possível chegar usando transporte público como ônibus e bonde (tram). Outras informações: http://www.escherinhetpaleis.nl/visitor-information/getting-there/?lang=en

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Suécia: Estocolmo - Vasa Museet

Vasa Museu - Um tesouro artístico do século XVII

    Este é o museu mais visitado da região escandinava e o mais atraente da Suécia em termos culturais, artísticos e históricos. A beleza inigualável deste navio de guerra sueco, uma verdadeira joia náutica, e sua curiosa história merecem, sem dúvida, uma atenção especial. Então, se for à Suécia, reserve de uma a duas horas para passear por este esplendoroso museu.


    Demorou quase dois anos (1626-1627) para construir o Vasa. Do amanhecer ao anoitecer, carpinteiros, ferreiros, serradores, fazedores de cordas, engenheiros navais, pintores, escultores, fabricantes de armas e outros especialistas lutavam para completar o grandioso, novo navio da marinha. O rei, Gustav Adolf II, visitou o estaleiro para inspecionar o trabalho.
    O Vasa deveria ser esplêndido, um casco construído de mais de mil árvores de carvalho com 64 canhões, mastros mais de 50 metros de altura e centenas de pintado e dourado esculturas. A Suécia possuía cerca de vinte navios de guerra, mas nenhum deles transportava tantos canhões e tão pesados como os do Vasa. Depois de terminado, tornou-se num dos barcos mais poderosos jamais construído.



    O trabalho em Vasa foi liderada por um holandês, Henrik Hybertsson, um carpinteiro naval experiente. Neste período, os navios holandeses não foram construídos a partir de desenhos, em vez disso, Hybertsson deu as dimensões globais, usando proporções e regras de ouro com base em sua própria experiência de produzir um navio com boas qualidades de navegação. Hybertsson ficou doente e morreu no início da primavera de 1627, não podendo ver o navio acabado. A responsabilidade pela construção caiu para seu assistente, Henrik "Hein" Jakobsson, ainda em 1626.
    O rei pretendia que a bordo fosse instalado um número de canhões superior ao normal, o que significa que as dimensões inicialmente escolhidas para o navio deixaram de ser apropriadas e os construtores viram a sua situação complicar-se. O navio foi construído com uma super estrutura superior, com dois convés fechados para canhões. No fundo do navio foram colocadas inúmeras pedras enormes que serviam como lastro para o manter estável na água. Mas o Vasa estava demasiado desequilibrado e as 120 toneladas de lastro não eram suficientes.


   Em 10 de Agosto de 1628, um potente navio de guerra deixava o porto de Estocolmo. Era o recentemente construído Vasa, cujo nome se deve à dinastia Vasa reinante. Para assinalar esta data solene, foi disparada uma salva dos canhões, projetada através das canhoneiras que bordavam ambos os flancos do navio.
    À medida que o imponente navio se deslocava lentamente na direção da entrada do porto, houve uma rajada de vento. O Vasa inclinou-se, mas voltou a endireitar-se. Uma segunda rajada de vento fez com que o barco se inclinasse completamente para um dos lados. A água se infiltrou através das canhoneiras abertas e o Vasa afundou, levando com ele para as profundezas do mar, pelo menos, 30 ou mesmo 50 dos 150 tripulantes.
Só passados 333 anos é que o Vasa voltou a ver a luz do dia.



    Após vários anos de preparação, o Vasa voltou novamente à superfície em 24 de Abril de 1961. Era agora necessário preservá-lo. Destroços naufragados durante tanto tempo tinham de ser submetidos a um tratamento especial, caso contrário, existia o risco de a madeira fender e desfazer-se em pedaços com o passar do tempo.


    Juntamente com o Vasa, foram recuperados mais de 14.000 objetos de madeira soltos, incluindo 700 esculturas. Estas foram preservadas individualmente e recolocadas nos lugares de origem, no navio. Esta tarefa revelou ser um autêntico quebra-cabeças.
     Os navios de guerra do século dezessete não eram simples engenhos de guerra, eram autênticos palácios flutuantes. As esculturas recuperadas possuíam vestígios de ornamentos dourados e de pintura. As análises atuais mostram que tinham sido pintadas com cores garridas sobre um fundo vermelho. As esculturas representavam leões, heróis bíblicos, imperadores romanos, criaturas marinhas, divindades gregas, entre outros, e tinham por objetivo enaltecer a monarquia sueca e exprimir o seu poder, a sua cultura e as suas ambições políticas.



Maquete com as prováveis cores originais.

Outras peças encontradas.
     Há dez exposições diferentes ao redor do navio para contar sobre a vida a bordo. O filme sobre o Vasa é mostrado em 13 idiomas diferentes. Além disso, há uma loja bem abastecida e um restaurante agradável.

Como Visitar:
Endereço: Galärvarvsvägen 14, Djurgården, Estocolmo, Suécia.
Ingresso: Adultos SEK 130 (coroas suecas), até 18 anos não paga, estudantes SEK 100 e às quartas-feiras SEK 100.
Outras Informações: http://www.vasamuseet.se/en/visit/


Devido ao equipamento fotográfico da época e visando melhor qualidade informacional, as fotografias foram retiradas de outros sites e blogs.