sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Santa Catarina: Imbituba - Barra de Ibiraquera

     Barra de Ibiraquera: onde mar e lagoa fazem a festa!     

Olá viajantes do mundo e do Meu Mundo Turístico, depois de longas férias nosso querido Blog volta a ativa e cheio de novidades. Usando o calor como inspiração, nada melhor do que recomeçar nosso turismo com uma boa praia! Então venham viajar comigo para o litoral de Santa Catarina, destino de verão de gaúchos, catarinenses e paranaenses, e até mesmo argentinos. Nossa parada no litoral catarinense é na cidade de Imbituba, na localidade de Barra do Ibiraquera.


Não posso deixar de alertá-los, preparem-se para um pouco de trânsito e congestionamento, principalmente devido às obras ainda em andamento da BR-101 (Rodovia Mário Covas) junto ao grande movimento do litoral. Pois é, infelizmente o acesso só pode ser feito de carro mesmo, mas chegar ao lugar é uma boa recompensa!
A praia de Barra do Ibiraquera se junta à famosa Praia do Rosa. É uma praia de águas claras, mas com grande movimento de areia e formação de bancos de areia, e frias, condizente com a região sul do país, porém ainda assim podem ser menos frias que as águas das praias do Rio de Janeiro por algumas vezes. Não é um frio que dói, principalmente num calor como este.


Então, por que ir a uma praia onde a água é fria, com grandes bancos de areia e por vezes com bastante vento? O que faz este lugar ser especial é a Lagoa de Ibiraquera. A lagoa é de água salgada por se juntar ao mar. Conforme o horário das marés, se você ficar no meio desse caminho onde mar e lagoa se juntam você poderá sentir a corrente fria da praia chegando à lagoa ou sentir a corrente quente da lagoa indo para a praia, e se observar bem, verá pequenos peixes, até cardumes, migrando de um lado ao outro, principalmente pela manhã mais próximo à margem.


Para quem gosta de desbravar as diferentes opções do litoral brasileiro, não pode deixar de conhecer Barra de Ibiraquera. Mas atenção, as opções de hospedagem são limitadas, logo, faça reserva antecipada e não espere luxo e muito conforto, as pousadas são simples e bem praianas.

Como Visitar:
Acesso: Somente de carro.
Hospedagem: Pousada Chaday e Pousada Cravo e Canela são duas opções.
Outras informações: Na lagoa há aluguel de pranchas de surf, de stand up paddle e kitesurf.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Rio Grande do Sul - Canela: Castelinho Caracol

Castelinho Caracol

Para quem segue viagem rumo às Serras Gaúchas para apreciar o clima e a beleza das cidadezinhas, não pode deixar de conhecer um pouco da história local, da história dos imigrantes que fizeram parte dessas colônias gaúchas. Um lugarzinho que com certeza merece uma visita é o Castelinho Caracol em Canela, uma das primeiras residências da cidade.


Construída entre 1913 e 1915 pela família Franzen em madeira de pinheiro brasileiro (Araucária) extraída no próprio local e tratada por imersão no Arroio do Caracol durante 6 meses. Tem como peculiaridade a não utilização de pregos na montagem das paredes, mas apenas encaixes e longos parafusos. Os cômodos da residência levam a uma verdadeira volta ao passado, formando um museu que abriga os móveis, louças, objetos, utensílios e ferramentas usadas pelos imigrantes na colonização da região. Não deixe de percorrer o terreno da residência!


A culinária alemã está presente e pode ser degustada no melhor Apfelstrudel (torta de maçã) da região das hortênsias mantida de geração a geração, mas prepare o bolso e a barriga, pois é caro e grande. Se bem me lembro custava algo em torno de R$20,00.



Como Visitar:
Endereço: Estrada do Caracol, Km 3, s/n
Horário: Diariamente das 9h às 13h e das 14:20h às 17:40h
Ingresso: R$ 10,00 por pessoa, crianças até 10 anos acompanhadas dos pais não pagam e maiores de 60 possuem 50% de desconto.


Abrindo um Parêntese

Viajarei amanhã, logo o Blog ficará sem atualizações no mês de Janeiro, mas em Fevereiro volto com novidades. Aguardem!!!  :-)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Buenos Aires - a maravilhosa Confitería Las Violetas

Confitería Las Violetas

Todo mundo vai a Buenos Aires e procura a Confitería Tortoni, por ser antiga, ter história e ser considerada muito bonita. O que poucos sabem é que há uma confeitaria ainda mais bonita e também cheia de história e glamour em outro canto da cidade, afastada do movimento frequente dos turistas, mas de fácil acesso via metrô (subte). Apresento-lhes a charmosa Confitería Las Violetas.


Para contar a história deste lugar terei que entrar um pouco na história da cidade, de fundação e séculos XIX e XX.
A cidade de Buenos Aires, fundada duas vezes junto ao Rio da Prata, cresceu de costas para ele e sofreu as mesmas mudanças que sua política. Alguns edifícios foram demolidos e reconstruídos até três vezes (entre eles o teatro Colón e a Casa do governo), com outros preceitos ou padrões, edifícios que primeiro foram coloniais, depois itálicos e finalmente franceses, isto no começo do século XX segundo as idéias dos arquitetos das escolas francesas, entusiasmados pelos adágios da Escola de Beaux Arts de Paris que construíram os grandes bulevares e edifícios destas cidades. A Av. Rivadavia, passagem das carruagens, unia a Praça de Maio com a longínqua "Flores" no oeste. Durante a epidemia de febre amarela em 1870 as pessoas das classes abastadas procuraram refúgio nas regiões mais altas, entre elas Flores lugar de veraneio, unida à cidade pelo trem do oeste. Em 1876 a companhia "Anglo Argentina" construiu nessa Rua Rivadavia um dos primeiros bondinhos a cavalos.
A prosperidade econômica de 1880 produziu uma enorme expansão da cidade e em seus arredores. Floresceram os novos edifícios, os comércios, a cidade quer deixar de ser a grande aldeia. Embora a esquina de Medrano e Rivadavia esteja só a 4 km da Praça de Maio, era um lugar "onde o diabo perdeu as botas".


Ali se instalou uma confeitaria com lustres dourados e mármores italianos. No dia da inauguração, 21 de setembro de 1884, estiveram presentes até o mesmo Carlos Pelegrini futuro presidente do país, levado por um bondinho especial, e acompanhado pelos seus amigos ilustres. Ao longo do tempo suas mesas serviram de lugar de encontro de artistas e escritores entre eles Roberto Arlt e políticos da época.
Porém, em meados da década de 1920 quando foi construído o edifício atual, com seus vitrais e portas de vidros convexos, seus vitrais franceses e seus assoalhos de mármore italiano, os vitrais restaurados foram concebidos para enfeitar e dar alegria ao ambiente digno de um café daqueles tempos aonde as pessoas iam passar momentos de recreação em um ambiente seleto.




O edifício foi tombado como "lugar histórico da cidade" em 1998 pela câmara legislativa da Cidade de Buenos Aires. Durante muitos anos antes da atual restauração o lugar permaneceu fechado e semi-abandonado. A restauração do edifício, seus componentes como os vitrais começaram em janeiro de 2001, e acabou em junho.


Como Visitar:
Endereço: Avenida Rivadavia, 3899 (esquina Medrano)
Acesso: Metrô (Subte) linha A descendo na Estación Castro Barros, metrô (subte) linha B na estación Medrano ou de Ônibus partindo de diversos lugares.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Luxemburgo - explorando os túneis das Casamatas

Casamatas Du Bock

Você já pensou em ir à Europa e visitar Luxemburgo? Acredito que pelo menos 80% das pessoas responderiam que não, e destas, 60% me perguntariam onde fica esse lugar e o que há para ver. Pois bem, Luxemburgo é capital do país (e grão-ducado) Luxemburgo, um país muito pequeno, mas bem maior que Liechtenstein por exemplo. É um dos países mais ricos da Europa e está na lista dos melhores lugares do mundo para se viver. O idioma falado é o luxemburguês, mas por fazer fronteira com Alemanha, França e Bélgica, seus habitantes também falam alemão e francês de forma fluente, além do inglês. Então, não se preocupe com comunicação, pois todos falam inglês fluente e te atendem de forma muito simpática!



Por sua localização estratégica, Luxemburgo era de interesse de vários povos quando da época de guerras franco-prussianas e até mesmo espanholas. A cidade e capital Luxemburgo tem uma localização impressionante, fica no alto de um promontório com vistas para vales profundos e desfiladeiros. Durante séculos, esses desfiladeiros foram a chave para a defesa da cidade. Hoje este promontório dá o título à cidade de "Varanda mais bonita da Europa".


Além da beleza da cidade (principalmente fora do inverno), o ponto turístico mais interessante é a Casamata Du Bock. Consiste em túneis subterrâneos construídos primeiramente em 1644, na época da dominação espanhola. As galerias de 23 km de comprimento foram ampliadas apenas 40 anos mais tarde por Vauban, o engenheiro militar francês e construtor de fortalezas, e no século XVIII pelos austríacos.




As passagens defensivas subterrâneas foram feitas em diferentes níveis e atingem 40 metros de profundidade no vale (prepare-se para as escadas em espiral desgastadas, vá com calçado apropriado!). Caso fosse invadida, nos mais profundos túneis havia bombas para serem detonadas matando a todos que estivessem na fortaleza. São essas impressionantes obras de defesa que conferiram a Luxemburgo o nome de "Gilbratar do Norte".



Após o desmantelamento da fortaleza, em 1867, 17 km das casamatas foram poupados e deixados em boas condições. Desde 1993, a Bock e a Pétrusse (outra casamata) estão abertas ao público. As muralhas da fortaleza e a impressionante e histórica Cidade Velha gozam de excelente reputação internacional e, em 1994, foram classificadas pela UNESCO como Patrimônios Mundiais.


Das Casamatas Du Bock, além de vivenciar os túneis e galerias subterrâneas, também se tem vista para a Abadia de Neumünster, para o vale e para o Viaduto (linda ponte velha de arcos), e ainda acesso ao Hollow Tooth ou Dent Creuse Castle, uma ruína de uma das torres do castelo de 965 d.C e ao Promontório Bock, a "Varanda" com uma linda vista do vale.





Como Visitar:
Endereço: Situa-se na Montée de Clausen (mas é fácil se localizar com um mapa da cidade dado nos hotéis)
Horário: Todos os dias até o início de Novembro (Março está aberta) das 10h às 17h.
Ingresso: Adultos 3,00 euros e crianças 2,50 euros.
Acesso: a cidade é pequena e dá para fazer tudo a pé em 1 dia ou 2 dias, dependendo do ritmo.
Outras informações: