sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Buenos Aires - a maravilhosa Confitería Las Violetas

Confitería Las Violetas

Todo mundo vai a Buenos Aires e procura a Confitería Tortoni, por ser antiga, ter história e ser considerada muito bonita. O que poucos sabem é que há uma confeitaria ainda mais bonita e também cheia de história e glamour em outro canto da cidade, afastada do movimento frequente dos turistas, mas de fácil acesso via metrô (subte). Apresento-lhes a charmosa Confitería Las Violetas.


Para contar a história deste lugar terei que entrar um pouco na história da cidade, de fundação e séculos XIX e XX.
A cidade de Buenos Aires, fundada duas vezes junto ao Rio da Prata, cresceu de costas para ele e sofreu as mesmas mudanças que sua política. Alguns edifícios foram demolidos e reconstruídos até três vezes (entre eles o teatro Colón e a Casa do governo), com outros preceitos ou padrões, edifícios que primeiro foram coloniais, depois itálicos e finalmente franceses, isto no começo do século XX segundo as idéias dos arquitetos das escolas francesas, entusiasmados pelos adágios da Escola de Beaux Arts de Paris que construíram os grandes bulevares e edifícios destas cidades. A Av. Rivadavia, passagem das carruagens, unia a Praça de Maio com a longínqua "Flores" no oeste. Durante a epidemia de febre amarela em 1870 as pessoas das classes abastadas procuraram refúgio nas regiões mais altas, entre elas Flores lugar de veraneio, unida à cidade pelo trem do oeste. Em 1876 a companhia "Anglo Argentina" construiu nessa Rua Rivadavia um dos primeiros bondinhos a cavalos.
A prosperidade econômica de 1880 produziu uma enorme expansão da cidade e em seus arredores. Floresceram os novos edifícios, os comércios, a cidade quer deixar de ser a grande aldeia. Embora a esquina de Medrano e Rivadavia esteja só a 4 km da Praça de Maio, era um lugar "onde o diabo perdeu as botas".


Ali se instalou uma confeitaria com lustres dourados e mármores italianos. No dia da inauguração, 21 de setembro de 1884, estiveram presentes até o mesmo Carlos Pelegrini futuro presidente do país, levado por um bondinho especial, e acompanhado pelos seus amigos ilustres. Ao longo do tempo suas mesas serviram de lugar de encontro de artistas e escritores entre eles Roberto Arlt e políticos da época.
Porém, em meados da década de 1920 quando foi construído o edifício atual, com seus vitrais e portas de vidros convexos, seus vitrais franceses e seus assoalhos de mármore italiano, os vitrais restaurados foram concebidos para enfeitar e dar alegria ao ambiente digno de um café daqueles tempos aonde as pessoas iam passar momentos de recreação em um ambiente seleto.




O edifício foi tombado como "lugar histórico da cidade" em 1998 pela câmara legislativa da Cidade de Buenos Aires. Durante muitos anos antes da atual restauração o lugar permaneceu fechado e semi-abandonado. A restauração do edifício, seus componentes como os vitrais começaram em janeiro de 2001, e acabou em junho.


Como Visitar:
Endereço: Avenida Rivadavia, 3899 (esquina Medrano)
Acesso: Metrô (Subte) linha A descendo na Estación Castro Barros, metrô (subte) linha B na estación Medrano ou de Ônibus partindo de diversos lugares.

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