sábado, 27 de setembro de 2014

França: Paris - Église La Madeleine

Um templo grego no coração de Paris

     Paris é uma cidade repleta de atrativos turísticos, especialmente museus e igrejas. Mesmo sem fazer parte dos roteiros turísticos usuais, isso não torna a Igreja da Madalena menos importante que outras atrações. Ela é um verdadeiro templo grego bem no meio de Paris e seu altar é surpreendentemente lindo. E como tudo na cidade, está carregada de história. Conheça a Paroisse de la Madeleine.


     Em 1806, Napoleão tomou a decisão de construir um memorial, um Templo de la Gloire de la Grande Armée ("Templo da Glória do Grande Exército"); em seguida houve um concurso elaborado com um júri que decidiu pelo projeto do arquiteto Claude Étienne de Beaumont (1757-1811). Mas o Imperador passou por cima de todos os candidatos e do júri e escolheu Pierre-Alexandre Vignon (1763-1828) para construir seu projeto em um templo antigo (comparado a Maison Carrée, de Nîmes). As fundações então existentes foram demolidas, preservando as colunas de pé, e o trabalho começou de novo. Entretanto, com a conclusão do Arco do Triunfo du Carrousel, em 1808, o papel comemorativo original para o templo foi anulado. 
     Após a queda de Napoleão, com a reação católica durante a Restauração, o rei Luís XVIII determinou que a estrutura seria usada como uma igreja, dedicada a Maria Madalena. Vignon morreu em 1828, antes de completar o projeto e foi substituído por Jacques-Marie Huvé. Uma nova competição foi criada em 1828-1829, para determinar o projeto para esculturas para o frontão, um Juízo Final, em que Maria Madalena se ajoelhou para interceder pelo condenado; o vencedor foi Philippe Joseph Henri Lemaire. A Monarquia de Julho rededicou a construção para um monumento de reconciliação nacional, com a nave feita de tetos abobadados em 1831. Em 1837, foi sugerido que o prédio poderia ser melhor utilizado como uma estação de trem, mas o edifício foi finalmente consagrado como uma igreja em 1842. 
     O funeral de Chopin na Igreja da Madeleine em Paris foi adiado quase duas semanas, até 30 de outubro de 1849. Chopin havia pedido que o Réquiem de Mozart fosse cantado. O Requiem teve grandes peças para vozes femininas, mas a Igreja da Madeleine nunca havia permitido cantoras em seu coro. A Igreja finalmente cedeu, na condição de que as cantoras permanecem atrás de uma cortina de veludo preto.
    O interior é todo decorado em mármore e dourado com algumas belas esculturas, como o Batismo de Cristo, de François Rude.




Como Visitar:
Endereço: Place de la Madeleine
Horário: Aberto durante todo o ano das 9:30h às 19h.
Acesso: a melhor forma de se chegar é de metrô, na estação Madeleine.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Bélgica: Dinant - Couque

Couque de Dinant - o biscoito mais duro do mundo

     Em postagem anterior já falamos sobre o turismo da cidade de Dinant, na Bélgica. Como eu havia dito, é uma cidade bem pequena, mas cheia de histórias, e uma delas envolve biscoitos. Isso mesmo, biscoitos! Os famosos e lindos Couques de Dinant vão muito além de simples biscoitos, pois além de serem uma delícia com gostinho de mel eles têm algumas histórias incríveis por trás desta receita exótica que pode deixar muita gente desprevenida sem dente ou na cadeira do dentista. Compre alguns, mas antes veja aqui do que se tratam e como comê-los ou vão acabar como eu e meu marido, quase quebrando um dente e pagando mico na frente dos locais que conhecem o biscoito!


    O famoso biscoito de Dinant, que já virou souvenir da cidade, possui diversas histórias que giram em torno da criação do que vem a ser o biscoito mais duro do mundo, uma mais duvidosa que a outra. Uma lenda diz que as pessoas começaram a jogar biscoitos duros e sem graça nos vizinhos da margem oposta, a Vila Bouvignes, com os quais mantinham uma rivalidade comercial. Outra lenda diz que os biscoitos foram um “presente” a estes vizinhos como símbolo de paz, quando na verdade foi feito com a intenção sacaneá-los e de vê-los ficar banguelas. Outra história remonta ao século XV, com a invasão de Carlos, o Temerário, tendo a cidade ficado desprovida de mantimentos, com apenas farinha e mel para fazer massa e cozinhar. As pessoas teriam feito esses biscoitos duros e os usado como armas, arremessando-os contra seus inimigos. Por ser bem firme, são colocados em moldes de pedra dinanderie para dar forma e detalhes ao biscoito, com técnica de relevo. No princípio usavam moldes que refletiam acontecimentos da época que queriam “consertar” a memória. Em termos históricos o Couque de Dinant tem sua origem num biscoito romano chamado placenta, que era feito de farinha de trigo, mel, óleo e leite de ovelha. Os biscoitos não devem ser mordidos, e sim quebrados em pedaços deixando-os desmanchar na boca. Sei que parecem lindos e dá pena de destruir, mas é preciso comê-los em poucos dias, no máximo 1 semana, depois disso começam a murchar. Não se preocupe, pois há biscoitos menores e simples, redondinhos, que são os mais baratos por sinal.




Onde Comprar:
É bem fácil de achar, mas somente na cidade de Dinant. Na Rue Grande 145 e 147, que fica ao lado das principais atrações (Igreja e Cidadela). Não são baratinhos, mas não dá para deixar de provar. Mas lembre-se, não morda!

sábado, 13 de setembro de 2014

Bélgica: Dinant - Collégiale Notre-Dame Église e Citadelle

A pérola belga do rio Meuse

     Dinant é uma simpática cidadezinha mais ao sul de Bruxelas, indo em direção à França. Está distante aproximadamente 100 km de Bruxelas e apenas 20 km da fronteira com a França. Apesar de pequenina, sua grandiosidade histórica e sua beleza interiorana são de tirar o fôlego. Uma vez por ano este lugar fica cheio de adoradores do jazz que vem assistir ao Dinant Jazz Night (Leffe Jazz Night). Os preparativos enfeitam ainda mais a cidade.


    Há dois pontos turísticos de grande destaque na cidade: a linda Igreja do Colégio Notre-Dame (Collégiale Notre-Dame Église) e a Cidadela (Citadelle).
      A Igreja do Colégio Notre-Dame, em Dinant foi originalmente construído em estilo românico. A queda de pedras nas encostas próximas a destruiu em 1227. A Igreja foi parcialmente reconstruída em estilo gótico, com o calcário de Dinant. Mais tarde foi adicionada a torre do sino com sua cúpula em forma de cebola como das igrejas russas. Dentro da igreja, você pode ver o belo vitral, uma grande janela feita por Ladon, que é um dos maiores da Europa.




      Ao lado da Igreja há um bondinho que leva até o alto do morro para a Cidadela, mas durante os meses de inverno a opção são os quase 500 degraus. Pelo menos o panorama da esplêndida paisagem, a 100 metros acima do rio Meuse, é deslumbrante e diminui o cansaço.




      A Cidadela, em sua grande rocha acima da cidade de Dinant, tem sido arma e museu de história há mais de um século. Na Idade Média, a cidade da "Copères", a segunda maior do Principado de Liège, era uma cidade hanseática (mercantil) conhecida por seus utensílios de cobre, o famoso "dinanderie", daí o nome da cidade. Da Cidadela tem-se uma linda vista da cidade de Dinant. No interior, os visitantes aprendem sobre a história de Dinant, literal e metaforicamente, explorando os corredores do tempo: o saque a Dinant pelas tropas de Carlos, o Temerário, em 1466, a construção de fortificações da cidade de Vauban, Luís XIV brilhante engenheiro e arquiteto, os combates de baioneta de soldados franceses e alemães e o massacre de 674 civis em agosto de 1914. A visita inclui uma olhada na prisão de um regimento disciplinar e até mesmo um encontro com a guilhotina. Também inclui um passeio por trincheiras bem realistas.







Como Visitar:
Acesso: É possível chegar a Dinant de trem a partir de Bruxelas (peça informações na estação sobre qual trem pegar) ou de carro.

Igreja: está aberta o ano todo das 9h às 18h, com visitas guiadas aos Domingos às 15h.

Cidadela: Aberta todo o ano, exceto às 4ª no mês de janeiro e as 6ª nos meses de novembro a março. Aberta de 10h às 18h na alta temporada, na baixa temporada fecha às 16h. O ingresso custa € 8,00 euros por pessoa. Outras informações: http://www.dinant-tourisme.com/dinant/produits/listing/i167/Weapons-Museum--Dinant-Citadel-.html

Mais informações sobre a cidade: http://www.dinant-tourisme.com/

Informações sobre o festival de jazz: http://dinantjazznights.org/en/index.html

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Holanda: Amsterdam - Anne Frank Huis

Museu Casa de Anne Frank - as marcas do Holocausto

     Por quase toda a Europa a Segunda Guerra Mundial e o desejo de conquista e purificação da raça de Hitler deixaram muitas marcas, algumas delas fatais. Muitas cidades, inclusive da Alemanha foram reconstruídas da forma como eram antes da Guerra, mas a mágoa passa por gerações, quando há sobreviventes. Como forma de mostrar o horror do dia a dia da Guerra, Anne Frank escreve cada dia em seu diário, diário este que virou um famoso livro. Não possui só o intuito de retratar a desgraça e o sofrimento daqueles dias, mas de deixar para a história, para as gerações seguintes, uma mostra do quanto uma guerra pode ser ruim e destrutiva em todos os sentidos. É sem dúvida um museu que mexe com as emoções, então não deixe de conhecer!



    Anne Frank, nascida em 1929,era uma menina judia que precisou se esconder durante a II Guerra Mundial. A invasão nazista à Holanda ocorreu em 10 maio de 1940. Quando a irmã de Anne foi levada para os campos de concentração, seus pais decidiram que era hora de se esconder. Uma estante de livros tampava a entrada de seu esconderijo, que acabara abrigando um total de 8 pessoas. Sua família foi ajudada pelos empregados de seu pai os quais levavam suprimentos até eles. Anne usa seu diário para desabafar as frustrações e mágoas de sua vida durante os 2 anos que ficou escondida. Mas Anne sempre teve diário e nele ela colocava frases de livros que gostava e histórias que criava, e tinha a intenção que seu diário fosse publicado após a guerra, tanto que começou a reescrevê-lo, mas nunca conseguiu consegui acabá-lo pois, por traição, foi descoberta e levada antes que o fizesse. O único sobrevivente ao holocausto fora seu pai Otto Frank que concretizou o sonho de Anne publicando seu diário em 1947.



Como Visitar:
Endereço: Prinsengracht 263-267, Amsterdam
Acesso: São 2 km de caminhada a partir da estação central de trem. Os bondes 13 e 17 e os ônibus 170, 172 e 174 param perto do museu e passam na estação de trem.
Horários: De novembro a final de março, de 9h às 19h (sábado até às 21h) e de abril ao final de outubro, de 9h às 21h (aos sábados e nos meses de julho e agosto, até às 22h).
Ingresso:  € 9,00 euros. Não está incluído no Amsterdam City Card.