Tren de la Costa e Museo de Arte de Tigre
A cidade de Tigre fica cerca de 30 km de distância do centro da cidade de Buenos Aires e é claro que dá para ir de carro, é até mais rápido, mas não o melhor caminho para se aproveitar o passeio. Minha dica é, reserve um dia de sua viagem a Buenos Aires e descubra os encantos da cidade de Tigre o do passeio com o Tren de la Costa, o trem ecológico mais moderno da Argentina.
Para embarcar neste passeio, a partir de Buenos Aires, você deve ir até a Estación Retiro, que é estação de metrô e trem. Na bilheteria desta estação compre seu bilhete de trem de ida e volta para Mitre (se disser que quer pegar o Tren de la Costa eles sabem orientar) e fique sempre atento aos horários dos trens. Na Estación Maipú você irá desembarcar do trem comum e percorrerá um trajeto com placas indicativas de Tren de la Costa, até chegar a bilheteria (boletería). Do mesmo modo, compre ida e volta e fique atento aos horários do trem. Este ingresso te permite embarcar e desembarcar em qualquer estação do percurso.
Mas onde vale a pena desembarcar? O melhor deste passeio é fazê-lo no fim de semana, pois há feiras de artesanato e antiguidades ocorrendo em algumas destas estações. A Estación Anchorena é boa para um passeio à beira do Río de la Plata, talvez seja uma parada melhor na volta onde se pode observar um lindo pôr-de-sol. É lugar de família, bom para pedalar, caminhar e apreciar a natureza, apesar de ter alta concentração de lixo às margens do rio. Outra estação interessante em finais de semana é Barrancas, onde ocorre uma pequena feira de antiguidades, tipo de feira que os argentinos apreciam muito, e por esse feira a estação também é conhecida por Estación del Anticuario.
Uma estação que sem dúvida merece uma parada é a San Isidro, completamente restaurada, conta com um grande centro comercial, com bares, lojas e cinemas. Os preços são razoavelmente caros, mas vale a pena comprar alfajores, mesmo de marca desconhecida. Lembro-me que possuíam um leve gosto de raspa de limão e eram muito bons, eram os alfajores Cachafaz. Atrás deste centro comercial também tem a bonita igreja de San Isidro que pode valer uma visita.
Mas o destino principal deste passeio, e que deve ser o primeiro ponto de parada (deixe para descer nos outros na volta), é a Estación Delta, em Tigre. Assim que se desce do trem há uma feirinha de artesanato muito legal na própria estação. Ao lado da estação, se você estiver com crianças ou adolescentes ou for fanático por parques de diversão, há o Parque de La Costa com várias atrações (ver mais detalhes no site oficial: http://www.parquedelacosta.com.ar/). Para desfrutar o passeio pela cidade, comece pelo passeio de catamarã pelo Río Tigre e pelo Río Luján. Existem passeios de 1h e de 2h de duração, fiz o de 1h e acho que é suficiente para conhecer o lugar sem perder muito tempo, afinal ainda há muito para andar.
Clube de Regatas La Marina |
Antiga residência de Domingo Faustino Sarmiento |
Após o passeio de barco, há opções de almoço no restaurante Vieja Estación (excelente parillada e pode pedir só com carne se não quiser provar o restante), ao lado da estação, ou outros restaurantes na Calle (rua) Paseo Victorica. Depois do almoço siga em direção ao rio, até a Calle General Bartolmé Mitre e aproveite para ver as construções antigas do Club Canottieri Italiani (nº 74), do Buenos Aires Rowing Club (nº 226) e a Estación Fluvial Tigre (nº 335), onde há também um pequeno centro comercial, excelente opção para quem gosta de artesanato ou quer uma lembrança da cidade.
Depois siga o curso do rio, atravesse a ponte e percorra a Calle Lavalle até chegar na Paseo Victorica (veja mapa no Google). Da ponte até o final da Calle (rua) são 2 km, aproximadamente, de percurso, isto é, prepare-se para andar em torno de 5 km neste dia. Na Calle Lavalle, nº 289, está o Museo del Mate, com mais de 2000 peças contando a história do mate (mais informações no site: http://www.elmuseodelmate.com/)
O ápice da cidade é percorrer a linda Calle Paseo Victorica até chegar ao lindíssimo Museo de Arte de Tigre.
Sua construção é de 1910
(arquitetos Dubois e Pater) de estilo renascentista francês. Foi sede do Tigre
Club para reuniões sociais e prática de esportes aquáticos, como remo e
yachting. Em 1927, tornou-se um casino típico europeu, o primeiro cassino inaugurado na Província de Buenos Aires.
Mais tarde, se construiu
uma passarela, uma espécie de varanda, que ia até o rio e atravessava a rua Paseo Victorica, ampliando a vista da exuberante paisagem, servindo de palco em muitas festas nas noites de verão no começo do século. Durante seu apogeu convocou a alta sociedade, sendo visitado por personalidades políticas e intelectuais de prestígio,
argentinas e do mundo, desde Presidentes até Alfonsina Storni, Leopoldo
Lugones, o poeta Rubén Darío e a Infanta Isabel, que presenteou o Município com inúmeras árvores de palma, que hoje estão na Av. del Libertador. Em 1989 transformou-se em museu de arte e é considerado monumento histórico nacional desde 1979. Para informações do Museu vejam o site oficial (http://www.mat.gov.ar/index.php/el-museo)
Como Visitar:
Acesso: Todas as instruções foram dadas no corpo do texto.
Ingresso: Algumas atrações possuem ingresso, vejam os sites. O Tren de la Costa fica em $ 20 pesos por pessoa (http://www.sofse.gob.ar/servicios/costa)
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